É gazense de Chicumbane e chama-se Emília Paulo Chemane. Nasceu numa família de 10 irmãos (seis meninas e sete rapazes), dos quais ela é a sexta. Além de si, a única irmã que praticou desporto foi a Aneta, mas desistiu cedo, antes de experimentar os prazeres que a competição proporciona.
Falar de Emília Chemane é falar de uma mulher com fibra, que dedicou a sua vida ao desporto, em particular ao atletismo, ela que como atleta iniciou-se no Ferroviário de Maputo, em 1967, de forma fortuita. Foi ao clube na boleia do professor António Vilela apenas para ver provas, longe de pensar que ficaria “locomotiva” para sempre.
Ecléctica, no bairro praticou futebol, na escola aprendeu outras modalidades, tais são os casos do andebol, voleibol, karaté, esgrima e basquetebol, mas quando passou a federada evidenciou-se no atletismo. Era talhada nos saltos (altura e comprimento) e nos 100 metros barreiras, embora participasse também nas estafetas de 4×100. Vale dizer que foi campeã em todas as disciplinas de “locomotiva” ao peito.