O quarteto moçambicano constituído por Alcinda Panguana, Helena Bagão, Armando Sigaúque e Paulo Jorge assegurou, ontem, a conquista de medalhas de bronze no Campeonato Africano de Boxe que decorre na cidade de Maputo, após categóricas vitórias que lhes permite alcançar as meias-finais.
Num dia em que Moçambique melhorou consideravelmente em termos de resultados se comparado com a véspera em que apenas venceu um dos quatro combates travados, Alcinda Panguana (66-70) não teve problemas para derrotar por incapacidade física de continuar o combate (K.O) a sul-africana Anele Pearl Ndlovu, no decurso do terceiro assalto. Aliás, a sul-africana só chegou ao terceiro assalto por uma questão de resiliência, pois o domínio da internacional moçambicana foi sempre claro. Com vantagem em termos de altura, Alcinda entrou com tudo, desferindo potentes golpes na adversária, com o árbitro a interromper a rixa por quatro vezes, sendo que na última teve mesmo de declarar incapacidade física da Pearl Ndlovu ao corpo de juízes que logo mandou parar o combate. Foi uma exibição em grande estilo daquela que é, a par da Rady Gramane, a mais cotada pugilista moçambicana da actualidade com várias medalhas internacionais nos últimos anos, sobretudo no corrente 2022.
Já Helena Bagão (48-50) enfrentou Teddy Nakimuli e não teve nenhuma dificuldade para sair vitoriosa também por incapacidade física da oponente. Helena é uma puglista em acção, sendo que em Abril foi considerada a melhor atleta feminino do Campeonato da Zona IV, em Maputo. Com os triunfos, esta dupla inscreve o seu nome no medalheiro, garantindo desde já os 2.500 dólares de prémio referente à medalha de bronze.
Em masculinos , Armando Sigaúque (54-57kg) despachou Omar Abozaid, do Egipto, por incapacidade física no decurso do segundo assalto, amealhando desde já um bronze. Armando Sigaúque só volta a entrar amanhã para as “meias”, medindo forças com o camaronês Roma Tchouta.
Paulo Jorge, na categoria dos 63.5-67 kg, foi o último moçambicano a entrar no ringue, eliminando logo no primeiro assalto, por K.O, Thabiso Dlamini, do reino de Eswatini. À semelhança dos restantes três triunfos dos moçambicanos, o árbitro viu-se obrigado a interromper o combate devido ao facto de o atleta swati estar a sangrar. Nas meias-finais, a disputarem-se na noite de amanhã, Paulo Jorge vai enfrentar Patrick Nguemaleu, dos Camarões.
Mesmo sem entrar em cena, a mesma proeza já foi conseguida por Rady Gramane e Solomone Júlio, que entram directamente para as meias-finais.