A tarde de domingo foi de festa para as dezenas de adeptos do Textáfrica que se deslocaram ao campo do Afrin. Não deram seguramente o seu tempo por perdido, já que a vitória sorriulhes e muito graças àquele belo gesto técnico de Djongwe, que respondeu com exactidão a um cruzamento bem tirado de Buda. É caso para dizer que a cabeça de Djongwe acabou por ser preciosa, num jogo que foi jogado muito a passo e a meiocampo, sobretudo na primeira parte. É também verdade que o calor intenso não permitiu que os jogadores tivessem a frescura física e até mental para elaborar aquelas jogadas que os adeptos por vezes dizem “valeu a pena pagar o bilhete”.
Em 45 minutos apenas por uma vez e já mesmo ao soar do apito para o intervalo é que foi possível ver uma jogada de perigo. David do meio da rua encheu o pé e atirou forte, mas só mesmo uma grande estirada de Jonas impediu o golo do Textáfrica, que saiu para o intervalo a pensar que poderia ter saído para o intervalo a vencer. Mas apesar deste lance importa que se diga que o empate a zero encaixava-se naquilo que tinha sido a produção de ambos os conjuntos.
O intervalo fez bem aos tricolores, na medida em que entraram melhor. Foram mais rápidos a atacar e agressivos na recuperação de bola no meio-campo adversário. A entrada de Xirasse veio dar ou-tra dinâmica ofensiva. Foi dos pés do médio ofensivo que saiu o cruzamento para o cabeceamento de Mutong. Pena que o avançado tenha cabeceado ao lado, pois pedia-se uma melhor resposta ao centro milimétrico. Depois o mesmo jogador veio a atirar a bola a trave. Foi por um triz que Leandro não foi batido. Mas aquela frase que quem não marca acaba pagando cara a factura veio ao de cima com o tal golo de Djongwe, apontado aos 62 minutos. Foi um enorme golpe para as aspirações do Maxaquene, que não atirou a toalha ao chão. Correu atrás do empate, mas fêlo mais com o coração do que com a cabeça. Optou por bombear as bolas e sem jogadores altos na área foi fácil para os centrais dos fabris do planalto controlarem o jogo e acima de tudo a vantagem.