Despertou curiosidade para muitos que depois da saída de Artur Semedo do comando técnico do Desportivo a equipa alvinegra tenha mudado de equipamento nos jogos que se seguiram. Depois algumas vozes se fizeram ouvir, referindo que o anterior treinador havia retido os equipamentos como forma de reivindicar os seus salários em atraso. À mistura vieram outros comentários de adeptos com ligações ao clube dizendo que o mesmo técnico pretendia fazer uso dos tais equipamentos para prejudicar a equipa com recurso a meios obscurantistas.
Estes comentários acabaram criando revolta em Manuel Balango (Muandro), anterior chefe do Departamento de Futebol, e Rosário Ássamo, treinador de guarda-redes, que também saíram da equipa na mesma altura que Artur Semedo, Tiago Machaisse e Archer Ramalho.
– “Há muitas inverdades em tudo o que se diz. Primeiro importa dizer que os equipamentos ficaram connosco com o consentimento do director desportivo, Alexandre Rosa (Xandó), porque não eram lavados nas instalações do clube. O Muandro levava o equipamento para uma lavandaria, porque o director desportivo dizia que as senhoras que trabalham no Desportivo e outras pessoas do clube, descontentes, podiam criar situações para prejudicar a equipa. O Xandó achava seguro que o equipamento ficasse com o Muandro”, começou por dizer Rosário Ássamo, que questionado sobre quem eram as pessoas do clube que podiam ser mal-intencionadas.