O director técnico Federação Moçambicana de Futebol, Abdul Abdulá, abriu-nos o seu gabinete para falar do trabalho desenvolvido nos últimos, sobretudo nos aspectos ligados à formação técnica, visto ser o embrião para o desenvolvimento das modalidades sob égide da federação. Do número apresentado, de mais de 600 que beneficiaram da formação, 334 são treinadores com cursos de sistemas de licenciamento da CAF, sendo que o país dispõe actualmente de 230 treinadores com cursos da FIFA. Abdulá lamenta o facto de o país ainda não poder sediar as formações para o Pro-CAF, sendo que em 2020 entra em vigor a nova convenção da CAF. No mesmo diapasão o professor frisou que só será treinador duma equipa do Moçambola do próximo ano quem estiver habilitado com o Nível A, num decreto a ser promulgado oficialmente pelo organismo superior do futebol nacional.
– O departamento técnico é o cérebro duma federação. Diz-se o mesmo do departamento de que é dirigente?
– “Tudo o que tem que ser feito nos aspectos técnicos, relacionados no desenvolvimento do próprio jogador, dos treinadores e dos agentes desportivos, tudo tem que ser planificado e concebido dentro do departamento técnico. Por exemplo, nós temos aqui um gabinete técnico sénior que funciona exclusivamente com projectos de curto prazo que tem a ver, por exemplo, com a Selecção Nacional de Futebol tem agora as qualificações para os campeonatos africano e mundial, foi contratada uma equipa sénior que tem uma reciprocidade em termos de trabalho connosco, o departamento técnico. Neste curto prazo deve haver resultados desportivos positivos porque o contrário pode haver mutações, ou seja, o próprio treinador pode ser preterido por outro técnico. Do nosso lado não nos cingimos apenas nos resultados. Tende haver uma planificação de forma a fazermos um trabalho sistemático da base ao topo, o que não é muito fácil porque muitas vezes não é devidamente compreendido e ficam muitas tarefas por fazer. Com Luís Gonçalves, o seleccionador nacional, temos reprocidade no trabalho profissional e tem a responsabilidade nas selecções Sub-17 e Sub-20 porque há modelos transversais que saem de lá para cá e que nós temos que respeitar. Estamos a fazer um bom trabalho”.