Findo o período de competições, no caso concreto do futebol, o Desportivo centra-se na reorganização administrativa para responder aos anseios da colectividade no futuro.
O secretário-geral interino, Pedro Pimentel, declara que o clube “alvi-negro” pretende romper a forma como o clube vinha sendo gerido num passado recente, passando a enveredar por uma gestão transparente. “Administrativamente, o clube estava a caminhar mal.
Por isso, montámos computadores, criámos ferramentas para que se proceda a uma gestão que não suscite dúvidas.
“Temos estado a instruir os funcionários para garantirem um melhor controlo sobre tudo que diz respeito ao clube”, disse, revelando também que “a nossa contabilidade praticamente não existia. Não eram emitidas facturas. Os valores pagos ao clube eram canalizados através de meios usados pelas telefonias móveis, individuais, o mesmo acontecendo em relação às contas bancárias que não estão em nome do clube. A maior parte desses valores acabavam por não se reflectir no clube”, afirmou.
Entre outras irregularidades, Pimentel falou da situação de pessoas inexistentes que constavam da folha de salários. “Detectámos a existência de atletas e trabalhadores fantasmas. Pessoas que não eram do clube, nem se sabe de onde são que constavam da folha salarial. Conseguimos, felizmente, ultrapassar essa situação”, realçou.