Uma tarde e um jogo para não esquecer, com uma fartura de golos também para rever, é o resumo do que se pode dizer em relação à partida entre a Liga Desportiva e Desportivo, ambos de Maputo, no reduto da primeira formação. Em campo estavam duas equipas em situações bem distintas: uma Liga que ainda lutava pela manutenção e um Desportivo que vinha para fazer vincar o seu bom momento, depois de um período de turbulência, senão passear simplesmente a sua classe.
À partida, ficou-se com a impressão de que seria um jogo sem grandes emoções e muito menos espectáculo, sobretudo pelo facto de que a Liga estaria neste jogo tão pouco interessado em exibições, mas sim para resolver de todas formas possíveis as contas para a sua permanência no maior convívio futebolístico nacional. Porém, a boa disposição “alvi-negra”, o seu estilo característico (jogo de pé para pé) e acima de tudo a abertura com que se apresentou em campo foram condimentos propícios para grandes exibições parte à parte.
A começar, a Liga assumiu um jogo um tanto a quanto directo, mais objectivo e em pouco tempo arrancou dois pontapés de canto que levaram algum perigo à baliza de Stefane. O central Gerson e o trinco Momed Hagy subiram para, juntamente com Sonito, explorarem as suas alturas. Na primeira ocasião, Momed Hagy estermeceu os postes de Stefane com um desvio a passar ao lado do segundo poste. Na segunda houve alívio e na insistência Yudi atirou forte por cima da zona frontal da grande área. Feito isto, o guarda-redes “alvi-negro” quase entregou o ouro ao bandido, quando tentava sacudir a pressão numa bola atrasada pelo capitão Mano. Chutou contra o corpo do adversário e a defensiva esteve à altura de controlar a jogada.