Os Ferroviários foram criados pela empresa Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), que proporciona o maior património desportivo do país aos clubes “locomotivas”.
Referir que, no âmbito do apoio ao desporto, os CFM ostentam o estatuto de um dos maiores patrocinadores do Moçambola, que durante anos tem sido disputado no sistema clássico de todos-contra-todos em duas voltas.
Entretanto, nos últimos tempos, é sobejamente sabido que a crise económica mundial tem afectado diversas áreas de actividade, agravada, sobremaneira, pela eclosão da Covid-19, facto que obrigou as empresas, universalmente, a comprimirem os seus raios de acção, enveredando numa gestão de constante aperto. É nessa sequência que os CFM, a dado momento, foram forçados a reduzir o “budget” canalizado aos seus clubes. Aliás, é um princípio evidente em outras tantas colectividades que sobrevivem à base de patrocínios de entidades que as suportam “umbilicalmente” ou não. Que o digam o Costa do Sol, Chingale, Maxaquene, entre outros.
Como consequência, as unidades que compõem as equipas nem sempre são como se projectava em tempos, quando se contratava os melhores, sobretudo jogadores.
ÚLTIMO TÍTULO DE UM FERROVIÁRIO FOI EM 2016
Os Ferroviários de Maputo e da Beira conquistaram os últimos campeonatos em 2015 e 2016, respectivamente. Foram os últimos títulos conquistados por equipas “locomotivas”. De lá a esta parte não houve registo de uma conquista, embora em 2019 o Ferroviário de Maputo tenha disputado a final da Taça de Moçambique, perdida para a União Desportiva do Songo (derrota por 2-0), no Estádio Nacional do Zimpeto.