Chama-se António Sábado. É natural da cidade de Quelimane, província da Zambézia. Veio ao mundo há 63 anos, fruto da união entre António Sábado e Filomena António. Dos seus quatro irmãos (Ribeiro Sábado, já falecido, Humberto, Marques e Fernando) apenas o primeiro esteve ligado ao desporto. Foi árbitro de futebol de categoria nacional e mais tarde presidente da Associação Provincial de Futebol de Quelimane.
Longe de nós, em Quelimane, sua terra natal, o homem que nos atende ao telefone irradia bom humor e a conversa flui entre risadas. Deste lado do “fio”, o repórter exulta por poder, finalmente, falar com um dos melhores defensas centrais de Moçambique. Era extremamente rápido, bom poder de antecipação, impulsão invejável, muita técnica, saía da defensiva a jogar com uma confiança arrepiante.
Na sua carreira explorou todos esses atributos até à exaustão, tanto no Maxaquene, onde ganhou dois campeonatos (1985 e 1986) e duas Taças de Moçambique (1978 e 1987), no Têxtil do Púnguè, onde foi campeão nacional em 1981, bem como na Selecção Nacional, que a representou entre 1976 e 1986, com a particularidade de ter feito parte do restrito grupo presente na primeira participação de Moçambique numa fase final dum CAN, no caso o do Cairo-86, no Egipto.
Revejamos a trajectória deste jogador, hoje cambiado em treinador, neste momento ao serviço do Sporting de Quelimane, seu ponto de partida como jogador.