Como todos os pais, Lucas Cuta e Estrela Daniel Cotela, progenitores de Daniel Cuta, ou simplesmente Danito I, não imaginavam o futuro daquele menino que o trouxeram ao mundo no dia 6 de Junho de 1966. Longe estavam de pensar, sequer, que traziam alguém que iria dar de falar no futebol moçambicano, um médio ala de classe apurada, que daria muitas tardes de glória aos aficionados do Ferroviário de Maputo e do Maxaquene, em particular, e aos adeptos do futebol, no geral.
A sorte de jogar ao mais alto nível bafejou só a Danito, já que dos restantes cinco irmãos apenas um, o primogénito Alexandre, que praticou desporto. O nosso entrevistado é o terceiro, atrás da Lúcia. A seguir a si vêm Menilda, Felizmina e Luísa. “O meu irmão Alexandre jogou futebol na Metal Box, mas não foi muito longe. Desistiu cedo”, afirma.
Na sua carreira, Danito só representou o Ferroviário e o Maxaquene, clube com o qual se juntou na sequência de uma zanga com os “locomotivas”, que não quiseram concluir a sua casa. Tem graça que até compraram-lhe 50 sacos de cimentos, produto que depois secou por falta de uso atempado. O sonho de ter casa concluída só se consumou aos serviços dos tricolores.