Chama-se Luís Assamo. Popularizou-se no futebol com o diminutivo Gito. Não se sabe por que carga de água o Júnior não entra no seu nome, tendo um pai que também se chamava Luís Assamo. Do ventre da sua mãe, Evangelina Júlio Muchanga, Gito aparece como o quarto entre 10 irmãos, nomeadamente Eva, João, Rosinha, Amália (falecida), Cidália, Júlio, Fernando, Romeu e Gentil.
Cresceu no bairro da Urbanização, no meio de craques como Sitoe, Dover, Nicolau, Doença, Félix Cossa, entre outros, que aguçaram o seu gosto pelo futebol. Mas foram “keepers” como Brassard, Carlos, Napoleão, do Ferroviário, que o inspiraram a ser um grande guarda-redes de qualidades suficientes para cativar a atenção do Estrela Vermelha, em 1981.
Gito teve passagens pelas selecções nacionais de sub-20, de esperanças, e espreitou a principal. Nesta última discutiria o lugar com os colossos Nuro Americano e Filipe Chissequere, mas uma enfermidade impediu-lhe de defrontar o Zimbabwe. Vicissitudes de vária ordem não permitiram que voltasse a ser convocado até ao término da carreira, em 1994, ao serviço da Académica.
É funcionário do Standard Bank, onde entrou em 1997. Fez o Instituto de Formação Técnica Bancária por três anos. Licenciou-se em Direito. Tem cinco filhos (Ivo, Rosário Cidália, Epifânia e Luís) e é avô de quatro netos.
Aos 58 anos nega perder o foco. Ao lado da sua esposa, Natália Edviges, está presentemente empenhado em desenvolver projectos que lhes permitam usufruir de uma velhice tranquila.