As tardes de sábados e domingos no Posto Administrativo de Cumbana, distrito de Jangamo, na província de Inhambane, já não serão as mesmas! As horas ociosas outrora passadas em barracas e em cavaqueiras que terminavam em bebedeiras descontroladas e quase sempre resvalavam em actos de pancadaria foram agora preenchidas por hábitos saudáveis, alegria, união e “fair-Play” sem igual!
A fórmula encontrada para ocupar os jovens dos vários males que enfermam o tecido social naquela parcela do país é o futebol. Esta modalidade tem sido uma autêntica escola de valores e de cidadania, provando que o jogo está para além dos golos.
Um forte movimento desportivo liderado pelo cidadão Hélio Filimone, por sinal jornalista e amante aficcionado do desporto-rei, conseguiu reunir 12 equipas deste distrito com o intuito de ocupa-las de forma saudável e produtiva, criando a Copa Cumbana.
“Tínhamos aqui um movimento desportivo muito fraco. Os jovens concentravam-se apenas no álcool, o que até certo ponto os tornava violentos. As partidas de futebol circunscrevia-se apenas em grupos soltos que jogavam apenas em apostas na base de dinheiro. Hoje, felizmente, as coisas mudaram. Este projecto nasceu para ocupar a juventude e tirá-la das drogas e outros males. Em 2022, na sua primeira edição, envolveu oito equipas e movimentou 200 atletas, fora dirigentes, treinadores e milhares de espectadores. Este ano, na sua segunda edição, subiu para 12 equipas e 300 atletas, na sua maioria jovens de Cumbana e um pouco pela província. Estamos felizes porque hoje a juventude tem ocupação. Temos um calendário preenchido. Neste momento decorre o torneio de abertura e para a semana teremos a Supertaça e, por fim, seguirá a Copa Cumbana”, explicou Filimone, o patrono da iniciativa.
