Quis o destino que a 25 de Outubro de 2022, que uma arreliadora doença tirasse a vida a presidente da Associação de Voleibol da Cidade de Maputo (AVCM), Mara Rêgo. A modalidade na capital ressentiu-se em grande medida. Não era para menos, tinha perdido o líder máximo. A perda aconteceu numa altura em que Mara Rêgo se preparava para assumir o segundo mandato, após uma eleição por unanimidade, e decorria o Campeonato da Cidade, a principal competição na agenda de actividades da AVCM.
Pelo período que a fatalidade tomou conta da família do voleibol, o “golpe” tornou-se ainda mais pesado. Para que o campeonato fosse levado até ao fim e se encontrasse um campeão (Académica venceu em masculinos e femininos) foi criada uma comissão, liderada pelo então vice-presidente para área de Marketing, Manuel Manhiça, que tinha como auxiliares Abduremane Cassimo e Isa Chiconela, director técnico/vice-presidente da arbitragem e vice-presidente para área fiscal, respectivamente.
Foi este trio que pegou no “barco” para andamento ao campeonato que terminou em Novembro. A verdade é que de lá para cá nem água vem, nem água vai, ou seja não há candidatos para assumir a liderança do voleibol na capital do país e quem paga são os clubes/atletas que estão sem competir. Sublinhe-se que por estas alturas deveria estar a decorrer o Torneio da Abertura, algo que está muito longe de acontecer.
Face a este cenário, a modalidade que era até Novembro uma das mais activas na cidade de Maputo está entregue ao deus-dará (sem plano, ao acaso, à toa), até porque nenhum dos três elementos que fez parte da comissão encarregue de assumir a AVCM aquando do falecimento de Mara Rêgo não se vêm a assumir as rédeas da agremiação. Aliás, todos foram unânimes em revelar a sua paixão pelo voleibol, mas evocaram razões profissionais para não apresentarem candidatura.