Já não há mais dúvidas que Sérgio Traguil não tem qualificações válidas para treinar no Moçambola, a não ser que se encontre um meio-termo, usando ilegalidades para se acomodar o treinador português, de forma a ser inscrito como treinador principal ou mesmo como adjunto.
Se tal acontecer poder-se-á estar perante uma situação de atropelo ao Regulamento dos Mecanismos e Procedimentos para a Contratação de Cidadãos de Nacionalidade Estrangeira, em Moçambique, no seu capítulo II, artigo 3 (condições gerais), que refere no seu número um que “um que o trabalhador estrangeiro deve possuir as qualificações académicas ou profissionais necessárias e a sua admissão só pode efectivar- -se desde que não haja nacionais que possuam tais qualificações”, citamos.
Neste momento a FMF, órgão que tutela o futebol nacional, não reconhece o técnico português Sérgio Traguil como treinador do ENH de Vilankulo, por não ter apresentado documentação válida.
Apesar de Jonas Nhaca, empresário de Sérgio Traguil, contratado para treinar o ENH, ter dito que o técnico tinha o UEFA- -Pro, o cidadão português reconheceu ao canal “Vilankulo TV” que não tem o nível UEFA-Pro, exigido pela Federação Moçambicana de Futebol (FMF) para os estrangeiros treinarem o Moçambola. Nessa entrevista o referido técnico disse ter o nível UEFA-A, em 2014, na Suíça, e não faz actualizações desde 2016, o mesmo que não foi aceite pela FMF. O técnico prometeu nessa intervenção fazer o nível correspondente ao exigido em Moçambique no Brasil. A Suíça informou a Federação Portuguesa de Futebol que o diploma estava fora do prazo (na Europa de dois em dois anos deve-se fazer actualizações). Não fazendo as actualizações a licença perde validade e não poderá treinar no espaço europeu, mas também em Moçambique. E mais, além do diploma sem validade apresentado por Sérgio Traguil, há um outro documento duvidoso. É que o instituto onde Traguil diz que fez a sua licenciatura em Educação Física diz que não passa aquele tipo de documentos para a certidão de habilitação.