Há sensivelmente um mês que o treinador Manuel Casimiro foi afastado do comando da equipa de futebol sénior do Matchedje, clube que ajudou a regressar, 10 anos depois, ao Moçambola. Foi exactamente a 10 de Abril que o técnico recebeu do presidente do clube, Patrício Canda, a carta que dava a indicação do fim do contrato que lhe unia aos “militares”, sem com isso tivesse, segundo conta, um acordo entre as partes e um aviso prévio. O facto sucedeu curiosamente depois de ter recebido de Canda uma primeira carta que lhe concedia cinco dias para “repouso e reflexão”.
Manuel Casimiro diz ter ficado surpreendido com a decisão de afastá-lo do Matchedje. Aliás, exige da direcção do clube esclarecimentos sobre os motivos do seu afastamento. Mas diz não ter dúvidas de que tal resultou de uma conspiração envolvendo as direcções do Matchedje e da Associação Black Bulls (ABB).
Manuel Casimiro acusa Patrício Canda de lhe ter sacrificado em troca do uso gratuito do campo da ABB pelo Matchedje durante o Moçambola-2023, numa altura em que as relações entre o técnico e a direcção dos “touros” estão azedas por conta das declarações públicas proferidas pelo treinador contra o presidente da Black Bulls, no ano passado, levantado suspeitas de tentativa de influenciar a arbitragem a favor do Chibuto nas vésperas do jogo entre os “militares” e “guerreiros” da primeira “mão” da “poule” de apuramento ao Moçambola-2023.