A tarde ensolarada de domingo foi histórica para o vólei de praia nacional. A Arena de Vilankulo transbordou de felicidade. Não era para menos, os voleibolistas moçambicanos saíram carregados de medalhas na segunda etapa do II edição do Circuito da Zona VI. Foram três em masculinos, ouro, prata e bronze. Não deixaram nada para ninguém! Em femininos roçou a perfeição. Arrebatamos o ouro e prata, faltou mesmo a de bronze que foi parar nas mãos do Botswana, um intruso na festa que não foi perfeita por uma “unha negra”.
A ausência de Ana Paula Sinaportar, MVP da I edição, deixou alguns pontos de interrogação em relação a como Natália Intego, que a substituiu fazendo dupla com Vanessa Muianga, iria se portar. A verdade é que esta união produziu resultados super animadores. Quem as visse jogar poderia pensar que já jogam há muito tempo juntas. Venceram toda a concorrência com cinco vitórias de grande classe.
Duas na fase de grupos, que deram a liderança no grupo, nos quartos-de-final, meias-finais e final. No jogo decisivo, diante da dupla do Botswana, Wrigth e Boima, tiveram que se aplicar ao máximo para vencerem por 2-1. Tiveram uma exibição de luxo no primeiro set ao vencerem por 21/13 e nada fazia prever que poderiam perder no segundo. Foram surpreendidas pela entrega das tswanas num set verdadeiramente emocionante e electrizante e baquearam por 24/22. O campeão teve que ser encontrado no terceiro set. O jogo estava equilibrado e a vitória poderia pender para qualquer um dos lados, mas acontece que Vanessa e Natália chamaram a si responsabilidade de conquistarem o título, até para manterem o estatuto de Moçambique, septacampeã, e venceram por 15-11. Grande festa em Vilankulo, mas propriamente na arena, que em 2022 tinha acolhido um CAN de futebol de praia que não foi de boa memória para Selecção Nacional.