Antes da Covid-19 o país tinha normalmente cinco meses em defeso futebolístico. Presentemente corre o risco de ficar muito mais tempo sem competir, uma vez que nesta altura há uma grande incerteza sobre o controlo da pandemia.
Nesse contexto, conversámos com os capitães de algumas equipas do Moçambola, que exprimem o seu sentimento sobre as várias situações criadas por essa doença, que mata milhares de pessoas em todo o mundo. Isac de Carvalho, do Costa do Sol, foi o primeiro a dizer que “todos os dias procuramos formas de lidar com a situação da melhor maneira possível. Não restam dúvidas que o futebol corre o risco de estar afectado em termos de qualidade. Há muitos factores negativos que concorrem para isso. Há clubes que não conseguiram preparar um trabalho para que os seus atletas desenvolvam neste período como também acredito que alguns atletas podem não estar a alimentar- -se da melhor maneira. Requer-se muita responsabilidade da nossa parte, como atletas. Sei também que há muitos colegas que estão a cumprir à risca com os trabalhos domiciliários, percebo pelas redes sociais sobre aqueles que tenho alguma ligação a nível virtual”, revelou.
O capitão do Ferroviário de Nampula, Payó, declarou que as equipas estavam num avanço significativo de preparação.
– “Por ironia do destino veio a interrupção das actividades. Não houve um grande investimento no país para que pudéssemos enfrentar situações como esta”, disse, referindo que apesar de tudo “há um grupo de WhatsApp que foi criado por jogadores, onde damos ideias uns aos outros sobre o que se pode fazer no trabalho físico de manutenção, com vídeos. Há colegas que estão a responder positivamente à iniciativa”, disse Payó.