Rafindine Mahomed, antigo presidente da Associação de Futebol da Cidade de Maputo (AFCM) e do Clube de Desportos da Maxaquene, argumenta que a mudança de época futebolística em equação no país deve ser complementada por intervenções de vulto nos recintos que acolhem os jogos de futebol do Moçambola e da II Divisão, sob o risco de muitas partidas serem adiadas por causa de chuvas, para além das elevadas temperaturas do Verão.
Nesta entrevista abordamos com Rafindine Mahomed as conquistas e desafios da modalidade rainha e outros temas que convidamos o leitor a seguir.
– O país está a discutir a possibilidade de mudança de época futebolística. Que apreciação faz deste debate?
– “Como antigo dirigente, ex-praticante e entusiasta, penso que temos que estar alinhados com outros países africanos, não há dúvida nenhuma. Os que estão mais abalizados provavelmente são os treinadores e dirão que uma das razões para o nosso insucesso é porque quando entramos para as competições africanas as equipas dos países com quem nos defrontamos já levam nas pernas o dobro ou o triplo de jogos que os nossos atletas e isso pode pesar no momento da competição. Se é essa a razão fundamental, penso que nos devemos alinhar com a realidade africana”.