Somam e seguem. Alcinda Panguana e Rady Gramane renovaram, sábado, em Yaoundé, capital dos Camarões, os títulos de campeãs continentais de boxe feminino ao vencerem as finais no “Africano” perante a oposição tanzaniana e nigeriana, respectivamente.
Alcinda Panguana não teve muitas dificuldades para derrotar a tanzaniana Grace Mwakamele por 4-1, na divisão dos -71 kg. A moçambicana entrou com tudo, conseguiu controlar o combate em vários momentos, vencendo com naturalidade a sua segunda medalha de ouro africano consecutiva.
Já Rady Gramane, categoria dos -75kg, venceu a nigeriana Patricia Mbata, num combate bastante equilibrado ganho com decisão dívida dos juízes. Foi a primeira atleta moçambicana a conseguir ouro em Yaoundé.
Com os triunfos, Alcinda e Rady arrecadam 15 mil dólares, mais cinco mil em relação ao ano passado. Aliás, a premiação tem sido uma das grandes armas da Associação Internacional de Boxe no últimos tempos com vistas a resgatar a sua imagem profundamente abalada pelos acontecimentos dos últimos anos.
Entretanto, para além de Alcinda e Rady, Moçambique teve outros dois finalistas em Yaoundé, nomeadamente Tiago Muxanga e Bernardo Marrime que, infelizmente, perderam nos combates decisivos. Tiago Muxanga (-71kg) perdeu perante Steve Mbia, da República Democrática do Congo, e Marrime sucumbiu perante Boniface Malenga, também da RD Congo.
Os dois voltam com medalhas de prata que significam 10 mil dólares de prémio.
Garantiram medalhas de bronze, Yassine Nordine, Armando Sigaúque, Solomone Júlio, Isabel Mulungo e Benilde Macaringue (bronze).
Helena Bagão, por ter ficado na primeira eliminatória, é a única dos 10 pugilistas que volta sem medalha.