Se recordar é viver, por que não chamarmos para este espaço o lendário basquetebolista Hélder Nhandamo, que desde tenra idade espalhou talento pelas quadras da bola ao cesto do país e não só, ganhando, do técnico António Azevedo, desde cedo, ainda na iniciação, a alcunha “Cobra”, em reconhecimento das qualidades acima da média que faziam de si um malabarista e lançador igual a poucos?
Cobra não sabia jogar feio. Nem mal. A jogar a base ou a extremo, Cobra era um “one man show” que deleitava plateias onde quer que estivesse, com dribles de sonho, assistências e lançamentos quase infalíveis. Jogava com gozo e alegria jamais vistas, rubricando exibições que quase sempre roçavam à perfeição. E não podia ser doutra forma, porque se inspirava no mítico norte-americano Julius Erving, vulgarmente conhecido por Dr. J.
O seu único título nacional como jogador aconteceu em 1979, quando o Maxaquene ganhou o primeiro título nacional, com vitória convincente na final sobre o eterno rival Desportivo de Maputo, que nessa final tentava conquistar o troféu pela terceira vez consecutiva.