O secretário de Estado dos Desportos, Gilberto Mendes, chegou a afirmar que o retorno às actividades das modalidades colectivas corria o risco de não iniciar em Outubro, tendo em conta a evolução da propagação da Covid-19 no país. Na altura Gilberto Mendes disse que “é preciso esperar que o gráfico da Covid-19 esteja controlado para que se volte à normalidade, o que não tem estado a acontecer”, citamos. Dias depois Gilberto Mendes reuniu de emergência com as federações que se mostraram que estavam em condições de regressar aos trabalhos.
Recorde-se que no último informe do Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, perspectivou-se o retorno das actividades dos desportos colectivos para o mês de Outubro. No entanto, nos últimos dias o número de casos de Covid-19 tem estado a subir de for-ma assustadora. Diariamente são anunciados mais de 60 casos positivos.
Em minha opinião, este cenário devia, no mínimo, ser levado em conta pelos nossos dirigentes desportivos para a possibilidade de retoma das actividades, no caso concreto do futebol, que tem as expectativas mais elevadas. Realço esse aspecto porque quando primeiramente se estabeleceu o protocolo sanitário com vista ao regresso das actividades a intenção era criar as devidas condições para que os intervenientes não fosse afectados, daí que a testagem era um item bastante importante para ver a bola a rolar nos treinos e nos almejados jogos do Moçambola, sobretudo, prova que devia ter arrancado a 4 de Abril passado. João Nhabanga, dirigente do Clube de Desportos da Costa do Sol, chamou-me atenção aquando da sua intervenção sobre observância da testagem aos jogadores e do staff técnico, referindo que “apesar da testagem não ser um item obrigatório do protocolo sanitário, como forma de preservar a saúde dos seus elementos decidimos fazer a testagem”, citamos. Saudei a iniciativa dos canarinhos, mas fiquei “aparvalhado” pela referência à não obrigatoriedade da testagem, item que acabou sendo excluído do protocolo sanitário.