Chama-se Victor Rodrigues dos Santos, Vitinho na tribo do futebol. Nasceu em Cahora Bassa, Tete, a 6 de Setembro de 1975, filho de Eduardo Rodrigues dos Santos e de Elisabeth Francisco Lucas. É duma família de 10 irmãos. “O primeiro é o Jorge, depois os gémeos Carlos e Ana, a Olga, eu, Elisabeth, Rui, António, Nélio e Danilo. Os dois irmãos mais velhos praticaram futebol, e o mais velho esteve na modalidade de hóquei”.
A paixão de Vitinho pelo desporto começou no bairro norte, um dos bairros de Cahora-Bassa, onde cresceu até aos 17 anos. Começou a jogar a sério na equipa de juniores da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), em 1992, mas foi passar umas férias em Tete e acabou ficando por lá, pois o Chingale deu lhe oportunidade de representá-lo. Em 1995 participou no “Nacional” de juniores e foi vice-campeão, atrás do Costa do Sol.
A ligação com o Chingale durou até 1998, altura em que atinge a idade sénior. “O Textáfrica de Chimoio ofereceu-me melhores condições e do Chingale saí com o Mabero. Nessa altura o treinador era Mussá Osman, com quem trabalhámos apenas uma época, porque depois voltámos para o Chingale”.
O clube fez a melhor época de sempre, sob a liderança de Sousa Alexandre. “Apurámos o Chingale à Taça CAF. Teria sido o melhor jogador da época. Ia sempre à frente, mas no último jogo não recebi pontuação do jornal. O vencedor foi Danito Nhampossa. Lembro-me que no último jogo derrotámos o Maxaquene e marquei dois golos. Fui segundo melhor marcador, com 12 golos, atrás do Arnaldo”.