O Professor Garrido Garrine não perdoa aos que considera que premeditaram o seu afastamento precoce, juntamente com o amigo e falecido mister Augusto Matine, da arena futebolística nacional, onde um dia, no regresso de Portugal, sonharam implementar os seus projectos de desenvolvimento do futebol. Numa entrevista onde chora a partida do amigo Matine, Garrido recorda os primeiros contactos com o antigo seleccionador nacional, com quem chegou a formar uma dupla para “ajudar” o país com ideias basilares para alavancar o futebol, entretanto aniquiladas por gente que ainda teme em revelar os nomes.
MATINE ERA COMPLETO
– “Não foi fácil para mim digerir a informação do falecimento do mister Matine. Perder uma pessoa com quem convivíamos todos os dias e que tínhamos uma série de assuntos que tratávamos juntos nunca é fácil. Eu estava na província de Inhambane quando o infortúnio se sucedeu. Falámos por uns dois minutos no sábado anterior da data da sua partida, quando ele me disse repetidamente que estava a morrer e a pedir para que não me esquecesse de fazer aquilo que sempre sonhámos. A partir daí não encontrei mais concentração. Na tarde do dia 13 liga-me um jornalista a pedir-me que eu reagisse à morte do mister Matine. Foi assim que tive conhecimento. Entretanto, eu não me via naquela altura a satisfazer aquela necessidade do jornalista, porque entrei em choque. Estamos a falar de um amigo que era afável, profissional e dedicado. Daquilo que ele tinha escolhido para fazer é porque tinha conhecimento de causa. Era um homem completo. Perdemos um homem que poderia ter feito muito por Moçambique”, lamenta o interlocutor, que lembra os primeiros contactos de envolvência com Matine”.
{loadmodule mod_sppagebuilder,Leia mais…}