O reencontro com Pluto, antigo defesa (líbero) do 1º de Maio de Lourenço Marques, aconteceu há pouco mais de uma semana. Não fosse o Txuza que me apresentou não o teria reconhecido, visto que a última vez que o vi foi em finais dos anos 70, o suficiente para me sobrarem imagens difusas daquele impecável defesa que tive a sorte de o ver jogar, quando comecei a frequentar os campos de futebol, no campo do 1º de Maio. Seu nome verdadeiro é Nassuer Manafe Abdul Morgy. Pluto é apenas uma alcunha, herdada de uma enfermeira amiga da sua falecida mãe, que, em brincadeira, costumava tratá-lo assim, longe de saber que o nome cairia nas graças dos vizinhos, família e amigos, ao extremo de lhe ficar como alcunha com que se celebrizaria no mundo da bola. Depois de muitos anos de futebol, brilhando nos tempos de figuras como o guarda-redes Tavares, Marcelo Sá, Baltazar, Orlando Conde, Mesquita, Teixeira, Zero Alfredo, Mafambane, Joaquim João, Nuro Americano, Quarentinha, etc., Pluto viria a arrumar as chuteiras em 1980, no Clube Central, passando a dedicar-se à mecânica-auto, aprendida nos tempos dos Serviços Municipalizados de Viação (SMV), mais tarde TPU e hoje TPM. Está longe dos relvados, é verdade, mas o estado letárgico a que o 1º de Maio está votado deixa o nosso entrevistado, aos 71 anos de idade, com uma lágrima no canto do olho.
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