Chama-se Gilberto Augusto Macaneta, ex-lateral esquerdo do Ferroviário de Maputo e da Selecção Nacional de futebol, um canhoto raçudo e durão que fez transpirar muitos dianteiros renomados do nosso futebol, desde Orlando Conde, passando por Tayob, Gil Guiamba, Ângelo, Miguel, Sitoe e outros terríveis homens-golo que evoluíram entre nós em meados da década de 70 e princípios dos anos 80.
Catxace, como também era conhecido, podia ter dado muito ao futebol moçambicano, mas uma rotura de ligamentos, em 1983, um ano depois de ser campeão pelos “locomotivas”, deitou por terra, definitivamente, a sua promissora carreira, com uns verdes 27 anos de idade. O pior é que não foi num jogo. O infortúnio bateu-lhe à porta em pleno treino com o Rodoviário, no Estádio da Machava, numa sexta, quando a equipa preparava o jogo contra o Desportivo de Maputo.
“Chorei tanto naquele dia. Como sempre, eu estava a dar o melhor de mim porque no domingo seguinte queria estar bem contra o Desportivo, um adversário sempre difícil. Mas, nessa luta de dar o melhor de mim acabou acontecendo o princípio do meu fim como jogador, numa altura em que estava no auge da carreira. Foi o momento mais triste dos meus dias de jogador ”.
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