Arranca sábado, no Campo Municipal de Alto Makassa, em Vilankulo, a edição-2021 do Campeonato Nacional de Futebol, o Moçambola, a maior e mais importante prova futebolística nacional, prova esta que deixou um enorme vazio em 2020 por conta da terrível pandemia viral da Covid-19, que não só paralisou o desporto mas o país no seu todo. O Moçambola vai arrancar com a tradicional cerimónia de abertura, um evento geralmente colorido. Trata-se do campeonato da nossa auto-estima, do nosso orgulho e, acima de tudo, da unidade nacional. Deste campeonato esperamos muito. Muita competitividade, adrenalina, golos e futebol de alto nível. Afinal esta é a fina-flor do futebol nacional. Em meio a essa adrenalina e do bom futebol há sempre muita polémica, acusações e suspeições.
O que queremos, como agentes deste desporto, é uma prova mais disputada em campo do que fora dele. Queremos um campeonato no qual os principais protagonistas são os jogadores e não os árbitros, comentadores ou dirigentes. Pretendemos uma prova onde os jogos são vencidos pelos melhores, os derrotados aceitam o fracasso e o árbitro é sempre invisível. É esse o Moçambola, carregado de altos valores do desportivismo, o fair-play, que pretendemos.
Precisamos de uma prova que seja um espelho das boas maneiras moçambicanas, onde a liberdade de um termina onde começa a do outro. O Moçambola não deve continuar aquela prova na qual o campeão não é consensual.
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