IVO TAVARES
Começa hoje na pequena comuna italiana de Novara, localizada na região de Piemonte, cuja capital é Turim, o “Mundial” de hóquei em patins, com Moçambique a estar presente na Taça Challenger, prova que antes da congregação da modalidade juntamente com outras disciplinas sobre rodas, em Nanjing, China, em 2017, era denominada de Grupo “C”.
O destino da Selecção Nacional na Taça Challenger começará a ser traçado esta noite (18.00 horas) diante do México, um velho conhecido dos hoquistas nacionais, pois já se cruzaram em quatro ocasiões. A última foi há precisamente 30 anos, no Mundial do Grupo “B” (agora Taça Intercontinental) realizado no Chile-1994, tendo a equipa nacional vencido por 3-1. De resto, o histórico de confrontos com os mexicanos é animador, já que Moçambique ganhou em outros três: o último dos quais de forma esmagadora, por expressivos 18-1 no “Mundial” do Grupo “B” disputado em Montevideu, em 2006, competição na qual haveria de se sagrar campeão do mundo, naquela que foi a primeira conquista do hóquei para o país.
Antes, no “Mundial” também do Grupo “B”, em Macau-1990, goleou por 13-2 e, em 1986, no “Mundial” realizado curiosamente no México, e na primeira vez que se encontraram, o combinado nacional venceu por 4-3. Assim, a turma nacional treinada por Bruno Pimentel, o mais internacional de sempre por Moçambique, entrará em campo com esse registo imaculado frente à selecção latino-americano.
Sem tempo para descanso, os hoquistas nacionais enfrentarão amanhã o Japão, (18.00 horas), na quarta-feira o Uruguai, às 14.00 horas, e na quinta e sexta, Israel, às 10.00 horas, e Nova Zelândia, a partir das 18.00 horas, respectivamente.
Refira-se que a Selecção Nacional nunca perdeu com nenhum destes adversários. Com os neoZelandeses travou dois duelos, contabilizando vitórias por 5-2 e 4-2 nos “Mundiais” do México-1986 e Andorra-1992, respectivamente. Frente ao Japão bateu-se apenas em uma ocasião no México-1986, vencendo de forma convincente por 6-2.
A selecção de Israel foi a última a enfrentar o combinado nacional. Há dois anos, no “Mundial” de San Juan, na Taça Intercontinental (anteriormente chamado de Grupo “B”), a equipa treinada por Jorge Oliveira venceu por 12-5, o que vale dizer que tradicionalmente Moçambique é tido como favorito, embora os tempos que se vivem no hóquei nacional não sejam dos melhores.