A interrupção da disputa do Moçambola e a ordem emitida para que todas as competições de futebol até então autorizadas a regressar deviam parar até que estejam criadas condições para a segurança dos respectivos actores, mormente com a regular realização de testes de despiste para a Covid-19, é um duro golpe para a modalidade e cujas repercursões não podem e nem devem ser vistas somente a nível interno.
Da justiça da decisão creio que ninguém se opõe tendo em conta que, ao anunciar a decisão, o Presidente da República, Filipe Nyusi, justificou-se com o não cumprimento de um protocolo sanitário que as autoridades de futebol assumiram junto às de saúde que seguiriam à risca. Ora, se alguém prometeu e não cumpriu, quem tem o poder de fiscalização goza da prerrogativa de fazer cumprir o que as normas dizem em casos dessa natureza. Foi isso o que aconteceu e, por isso, aqui, haverá muito pouco por se dizer, até porque a defesa da vida é o maior objectivo que se conhece.
Ora, tenho cá para mim que este incidente que levou à suspensão do Moçambola e de todas as provas de futebol dos escalões de seniores e juniuores de nível provincial, até então autorizadas, pode custar caro ao Governo e às autoridades futebolísticas do país a nível internacional, na medida em que Moçambique é membro de entes mundiais aos quais se obriga a seguir os seus protocolos. No caso da retoma do futebol no quadro da luta contra a Covid-19, quer a Federação Internacional de Futebol (FIFA), assim como a Organização Mundial de Saúde (OMS), são claros no que deve ser feito para que o futebol seja praticado enquanto perdurar a pandemia viral. E são esses protocolos que estavam a ser violados pelas entidades moçambicanas de futebol, quer governamentais assim como de futebol.
{loadmodule mod_sppagebuilder,Leia mais…}