Com perspicácia e critério, Chiquinho Conde fez mais do que o seu amigo Pedro Brito, o “Budista”, aquele antropólogo social disfarçado de treinador de Cabo Verde que, no CAN da Costa do Marfim, conseguiu meter num aquário várias nacionalidades de um povo da diáspora e, da infusão, formar a equipa que chegou aos quartos-de-final.
Mas depois, ao contrário do seu amigo moçambicano, “Budista” não conseguiu transportar o capital de comunhão e o epicentro de convergência daquelas 10 ilhas vulcânicas – claramente expostos na Costa do Marfim – para a disputa deste CAN do Marrocos, quedando-se no último lugar no grupo de apuramento, do qual assoma o Botswana, qualificado.
Chiquinho Conde, no que lhe coube, conseguiu manter a unicidade do seu discurso empático; conseguiu conservar o acervo de Abidjan com a mesma galhofa de um rapaz responsavelmente travesso e conseguiu preservar a alegria das pequenas reconquistas. Enfim, fosse até para contrariar os arautos da desgraça, todos os jogadores trabalharam para ele, como se canta em uníssono, no balneário.
Este triunfo sabe-lhe muito bem!