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QUALIFICAÇÃO PARA O CAN-2025

FACTOR “FORA DE CASA” E “SEGUNDO JOGO” DETERMINANTES NO SUCESSO DA QUALIFICAÇÃO

A qualificação dosMambas” ao CAN de Marrocos-2025 foi determinado por dois factores, nomeadamente os paradoxais factores “fora de casa” e o “segundo jogo”.

Isto equivale a dizer que os dois factores, combinados, valeram à Selecção Nacional nove dos 11 pontos conquistados, correspondendo a 91.1 % do aproveitamento em toda a campanha.

Relativamente ao factor “fora de casa”, frise-se que ao longo da recém-terminada campanha, o seleccionador nacional, Chiquinho Conde, disse, vezes sem conta, que era fácil a sua equipa jogar fora de casa do que no Estádio Nacional do Zimpeto, onde tem dificuldades para ganhar.

E, pelos dados produzidos nesta campanha, Chiquinho Conde provou ter razão.

Integrada no Grupo “I”, a equipa nacional iniciou a caminhada ao CAN-2025 visitando o Mali, a mais cotada selecção do grupo. Aos 37 minutos colocou-se à frente do marcador, com Geny Catamo a marcar a passe de Bruno Langa.

No entanto, o jogo viria a terminar empatado a um golo, num desfecho que até soube à derrota para a imensa exibição que a Selecçãoo Nacional arrancou em Bamako, não obstante, na segunda parte, os malianos terem sido pressionantes e chegado ao golo de empate aos 52 minutos, por Yves Bissouma.

Quatro dias depois, em Maputo, desta feita para a segunda jornada, Moçambique recebeu a Guiné-Bissau e venceu por 2-1, com golos de Ricardo Guima e Elias Macamo, marcados aos cinco e 73 minutos, respectivamente.

De permeio, a Guiné-Bissau havia empatado por intermédio de Mama Baldé, aos 24 minutos.

No final da primeira das três Datas-FIFA nas quais ia decorrer a campanha de qualificação para o CAN-2025, os “Mambas” haviam arrancado um ponto fora de portas.

Já no mês de Outubro, o factor “fora de portas” ganhou expressão depois de um frustrante empate em casa (1-1), na recepção a Eswatini, na sexta-feira do dia 11. O avançado Stanley Ratifo havia colocado os “Mambas” em vantagem aos 73 minutos, mas, volvidos sete (80’), Thubelihle Mavuso empatou para os swazis.

Três dias depois, na segunda-feira do dia 14 de Outubro, a resposta ao empate caseiro foi uma goleada.

Jogando em Nelspruit, casa emprestada de Eswatini, a Selecção Nacional obteve a sua maior vitória nesta campanha por 3-0, com golos de Dominguez, Ratifo e Geny Catamo, respectivamente aos 11, 41 e 59 minutos.

Finalmente, depois da derrota caseira na sexta-feira do dia 15 de Outubro, diante do Mali (0-1), o factor “fora de casa” revelou-se com estrondo na vitória, quatro dias depois (19), em casa da Guiné-Bissau, por 2-1.

O defesa Bruno Langa abriu o marcador aos oito minutos. Os “Djurtus” ainda empataram perto do intervalo (42’), por intermédio de Beto, mas, no início da segunda parte (52’), Stanley Ratifo desfez a igualdade e deu uma vitória que valeu a qualificação para o CAN-2025.

Mais uma vez, o factor “fora de casa” foi decisivo nesta dupla jornada.

Contas feitas, nos 11 pontos conquistados, sete (63.6%) foram conquistados jogando na condição de visitante, contra apenas quatro (36.4%) pontos ganhos jogando em casa.

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