Estreou-se a 26 de Março de 2017 num amigável com Angola, no qual a Selecção Nacional venceu por 2-0. Rezam as crónicas que deu muito trabalho à defesa dos “Palancas Negras” e esteve na origem do primeiro golo, pois foi ele que rematou para uma defesa incompleta do guarda-redes e na recarga Clésio empurrou para o fundo da baliza. Nascia um novo avançado nos “Mambas”, Stanley Ratifo, com um jeito batalhador, determinado e com olhos apontados à baliza como há muito não se via, desde os tempos de Dário Monteiro e Tico-Tico, já retirados. Na altura com 22 anos (faz 30 na quinta-feira), lançado por Abel Xavier conquistou, a partir daí, o coração dos moçambicanos com exibições de elevada entrega e golos. Ao todo são oito marcados em 40 jogos realizados, três dos quais na fase de qualificação para o CAN-Marrocos 2025. O último, na vitória sobre a Guiné-Bissau (1-2), valeu mesmo a qualificação para a maior prova africana de selecções.
Revelou-se melhor marcador, apontando três dos nove golos dos “Mambas” e uma notável evolução técnica.
O goleador do momento da equipa nacional fez ao desafio o balanço da campanha e abordou o bom período que vive na sua carreira em duas frentes: “Mambas” e Chemie Leipzig, seu actual clube.
“É uma sensação incrível conseguir a qualificação para o CAN duas vezes seguidas. Só podemos estar orgulhosos de nós mesmos. Para nós, os jogadores, saber que voltaremos a estar na maior prova africana de selecções é muito gratificante e um sentimento único. Tem um significado enorme, sobretudo, para os atletas que saberão que estarão novamente numa prova onde marcam presença os melhores de África”, começou por dizer ao nosso Jornal.
Questionado a falar sobre o que mudou para a Selecção Nacional que de 2010 a 2024 nunca tinha estado num CAN, mas que agora já vai ao segundo consecutivo, este apontou para razões, apenas, mentais.
“Penso que não há segredo. O fundamental é acreditar e ter confiança no trabalho que fazemos. Nós sempre acreditamos na nossa capacidade e depois foi a nossa força. Quisemos, lutámos e conseguimos. É preciso
acreditar sempre”, explicou, acrescentando que não falta qualidade na equipa.
“Outro aspecto é que esta equipa tem muita qualidade. É composta por jogadores de grande valor, e eu, em particular, sempre pensei que este conjunto poderia chegar ao CAN. Temos muita qualidade, só precisamos de acreditar mais em nós”, sublinhou.