Depois da Associação Black Bulls, que se viu obrigada a jogar ontem em casa do adversário, a próxima vítima da interdição do Estádio Nacional do Zimpeto (ENZ) pode ser a Selecção Nacional, que em Março recebe o Uganda para a quinta jornada do Grupo “G” de qualificação para o “Mundial”-2026 a ser co-organizado pelos Estados Unidos da América (EUA), México e Canadá.
No relatório anual de actividades do ano passado, apresentado na semana passada, o presidente da Federação Moçambicana de Futebol (FMF), Feizal Sidat, alertou que caso não haja uma intervenção urgente no relvado do Estádio Nacional, neste momento em estado lastimável, os “Mambas” correm um sério risco de receber os ugandeses fora do território nacional.
“Estive no Estádio Nacional do Zimpeto e confesso que o relvado está mau e caso não se faça nada urgente, nos próximos dias, o piso será novamente reprovado. Levar os “Mambas” para fora do país é mau não só do ponto de vista dos custos, como também para os amantes do futebol, que precisam de ver de perto os seus jogadores”, vincou.
Feizal Sidat anunciou a vinda, dentro de duas semanas, de uma equipa de inspecção da Confederação Africana de Futebol (CAF) para avaliar o relvado de um estádio interdito desde 11 de Dezembro.
“É preciso uma intervenção urgente e são valores avultados. O Estádio do Zimpeto é património do Estado, que esperamos que cuide bem dele. Atenção, o único problema do ENZ e que originou a sua interdição pela CAF é o relvado. Não estão em causa os torniquetes ou iluminação, como amplamente se falou por aí”, clarificou.
Moçambique e Uganda têm encontro marcado para 17 de Março, num lugar por anunciar, depois da interdição do ENZ em Dezembro.
Nas ocasiões anteriores, em que Moçambique foi impedido de utilizar o ˝Zimpeto˝, a FMF recorreu a Orlando Stadium, em Joanesburgo, e a Mbombela Stadium, em Mpumalanga, ambos na África do Sul, e a Cotonou, no Benin, para os compromissos dos “Mambas”.