Em 2018, a carreira do avançado Hélder Pelembe conheceu revés enorme. Antes, tinha sido campeão pelos “hidroeléctricos”, quando contratado em 2017, na altura treinados por Chiquinho Conde. Com ele, a União Desortiva do Songo fez um percurso marcante na Liga dos Campeões Africanos, mas acabou por “cair” na Taça CAF ou Nelson Mandela, onde foi eliminada nos oitavos-de-final pelo Berkane, de Marrocos.
A CAF mudou o calendário e o sorteio da Liga dos Campeões ditou como adversário do Songo o Nkana Red Devils, da Zâmbia, na pré-eliminatória. O primeiro jogo teve lugar no Caldeirão do Chiveve, com a derrota da equipa moçambicana por 1-2 na primeira mão, e em Kitwe os zambianos voltaram a vencer, mas desta vez por 1-0.
Foi nessa eliminatória que Hélder Pelembe viu a sua carreira desmoronar, concretamente no primeiro jogo. Algo corria mal à equipa e aos 44 minutos da primeira parte Nacir Armando, técnico do Songo, decidiu tirar Pelembe do campo, facto que suscitou interrogações, até para quem estava na bancada.
NÃO INSULTEI NACIR ARMANDO
Uma notícia ali e outra acolá alimentaram o momento em que Hélder Pelembe deixou o rectângulo de jogo naquela partida e a rescisão de contrato com os “hidroeléctricos”. Passados cerca de seis anos, o jogador abre o livro para contar a história na primeira pessoa.
“Operou-se uma revolução no Songo. Saiu o presidente Costa e o técnico Chiquinho Conde. Entrou uma direcção chefiada por Lucas Gune e uma equipa técnica dirigida por Nacir. Renovei por duas temporadas, depois de ter declinado convites do Sudão e África do Sul”, contou, referindo que naquela partida, “depois da substituição, fui ao banco de suplentes e, respeitosamente, perguntei ao treinador se não estava a ver o marcador electrónico e que era mais prudente fazer a substituição ao intervalo.
“À hora do jantar, o Mavó informou-me que eu não faria parte da equipa que ia viajar a Kitwe, para o jogo da segunda mão”, lembrou, recebendo ordens para regressar a Songo para tratar de questões contratuais.