A Selecção Nacional de basquetebol sénior feminina vai enfrentar a sua congénere de Angola, por duas vezes, na segunda e terça-feira da próxima semana, na cidade de Luanda, capital de Angola, na única eliminatória da Zona VI de acesso ao Afrobasket-2025, cuja fase final vai decorrer na Costa do Marfim, de 25 de Julho a 3 de Agosto próximo.
Finalistas do Afrobasket de 2013, havido em Maputo e ganho por Angola (64-61), os dois países falantes de língua portuguesa são os únicos da Zona VI que garantiram presença em Luanda para lutar pela única vaga da região austral na competição.
Por isso, de uma prova inicialmente prevista para decorrer de 2 a 10 de Fevereiro, agora, vai decorrer em apenas dois dias, na segunda e terça-feira, curiosamente feriados nacionais em Moçambique e Angola onde, respectivamente, se celebra o Dia dos Heróis e Dia de Início de Luta Armada de Libertação Nacional.
Por isso, com apenas duas selecções participantes, a eliminatória será disputada em dois jogos e decidida pela regra de diferença entre pontos marcados e sofridos.
Assim, ganhar o primeiro jogo não significa ter conseguido a qualificação. Todavia, quem vencer o primeiro jogo, para se apurar ao Afrobasket, deve voltar para o segundo ou, então, em caso de derrota, que seja por uma diferença de pontos inferior com a que ganhou. Para a selecção que perder a partida inicial, uma vitória no segundo, por uma diferença pontual maior, garante a qualificação.
MANHEIRA DESTACA
DEDICAÇÃO DAS JOGADORAS
A dois dias da viagem a Luanda, o seleccionador nacional, Nilton Manheira, destaca o esforço da equipa técnica em trabalhar nos detalhes tácticos e psicológicos de forma a ter o melhor resultado esperado em Angola.
“A preparação está a correr da melhor forma possível. Temos todas as atletas disponíveis, tivemos o caso de uma atleta que se queixou de dores e teve que ir ao departamento clínico, mas reintegrou-se ao grupo. Estamos a tentar fazer agora a consolidação do sistema táctico e defensivo, aprimorar aquilo que é o aspecto psicológico porque só vamos defrontar uma selecção e, quando assim acontece, tem havido muita batalha em campo”, disse Manheira.
O técnico ressaltou a importância de manter o foco no desempenho colectivo, sem se preocupar excessivamente com o adversário que, não obstante, é reconhecido valor e o factor casa.
“Incutimos nas jogadoras a ideia de que nós somos os melhores, e que a nossa equipa sempre foi forte. Temos que colocar na frente aquilo que estamos a trabalhar pensando em nós e não no que Angola está a fazer. Portanto, se conseguirmos levar isso em conta, com ou sem dificuldades, nós vamos conseguir ultrapassar o adversário”, anteviu o técnico.