As imagens recentes do relvado do Estádio Nacional do Zimpeto (ENZ) apresentam um verde pleno, segundo garantias dadas pelo engenheiro afecto ao Fundo de Promoção Desportiva (FPD), entidade gestora daquela mega infra-estrutura desportiva, Augusto Chiluquete, facto que alimenta esperança do levantamento da interdição do recinto decretada em Dezembro último pela Confederação Africana de Futebol (CAF).
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Uma equipa de inspectores da CAF esteve semana passada no ENZ para examinar o estado do piso depois de intervenções de vulto em curso desde Janeiro último, com vista à recuperação da relva cuja qualidade se foi agravando por alegada sobrecarga de jogos no ano passado e também pela falta de manutenção de rotina, devido a manifestações pós-eleitorais que impediram que a empresa adjudicada para o efeito fizesse com regularidade o seu trabalho de conservação do campo.
Até ontem a CAF ainda não se tinha pronunciado sobre o relatório do estado do piso, ou seja, decidido sobre a sua aprovação ou não para acolher os restantes jogos da fase de qualificação africana para o “Mundial”-2026, que se realizará simultaneamente nos Estados Unidos, México e Canadá.
A previsão para o anúncio da decisão da CAF era até à última sexta-feira, segundo indicação dada à nossa Reportagem pelo secretário-geral da Federação Moçambicana de Futebol (FMF), Hilário Madeira. E a mesma deve ser tornada pública, à partida, ao longo desta semana.
Importa referir que se tratando do “Mundial” a aprovação dos estádios para as fases de qualificação é feita antes, pelo que o caso do Estádio Nacional do Zimpeto é uma excepção, tomando em consideração o pedido da FMF à CAF sob garantias de que o relvado podia ser recuperado dentro do tempo previsto a anteceder o jogo contra o Uganda.
Por regra, o próximo adversário dos “Mambas”, neste caso o Uganda, deve saber do local do jogo faltando no mínimo um mês de antecedência para questões de logística.
Recordar que é a terceira interdição que o Estádio do Zimpeto sofre, depois da primeira decretada em Setembro de 2021 e que forçou o Governo a declarar o encerramento do recinto para obras de grande vulto, essas que culminaram com a substituição da primeira relva implantada a anteceder a inauguração da nova catedral do futebol moçambicano em Abril de 2011.