Recinto desportivo emblemático do futebol nacional e não só, que outrora foi palco de grandes jogos nacionais e internacionais, com tardes e noites inesquecíveis, está hoje votado ao abandono, ou seja, esquecido no tempo e no espaço. Estamos a falar do campo do Clube dos Desportos da Maxaquene, um dos gigantes do desporto nacional que hoje de gigante só tem nome, em face da grave crise financeira que atravessa e que se reflecte na “face” do seu palco de futebol: um campo completamente abandonado, com capim a atingir cerca de um metro nalgumas zonas, a intercalar com charcos e algumas “carecas” num rectângulo que já foi de grandes jogos, não só de clubes mas também de selecções. Quem não se lembra dos confrontos entre Moçambique e África do Sul em 1999 e 2001, ou de um épico Maxaquene-Orlando Pirates (4- 4) da extinta Taça das Taças na viragem do milénio (1999)?
Com efeito, o campo do Maxaquene, localizado na baixa da cidade de Maputo, dispensa qualquer tipo de apresentação. É um símbolo, um monumento ao futebol que pode ser personificado pelos “derbies” que o clube da casa travou com o vizinho e rival Desportivo. Estamos a falar do mais antigo duelo do futebol nacional, existente desde 1920.
O recinto dos “tricolores” apresenta um aspecto deplorável. É lastimável contemplar aquele campo, onde até o Sporting de Portugal, Esperance de Tunis ou ASEC Mimosas da Costa do Marfim já actuaram. Incomodado com o cenário, “desafio” procurou perceber junto da Comissão de Gestão que dirige o clube o que estaria por detrás daquela situação em que se encontra um campo que já foi “vítima” de inúmeras promessas de obras de melhoramento, entre paliativas e de grande dimensão, sobretudo nos últimos 10 anos, após a confirmação do abandono do “Operação Afrin” na Machava.
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