O Moçambola é a principal competição futebolística nacional. É o termómetro do desporto-rei no país, pois é a partir desta prova, em grande medida, que se mede o nível do futebol. Mas não é só do rolar da bola, dos golos, das fintas e dos passes magistrais que vive o Campeonato Nacional. Há aspectos que concorrem para que tenha uma avaliação positiva ou negativa.
A segurança nos campos de futebol é um condimento indispensável para se ter um Moçambola melhor e que acima de tudo “venda” uma melhor imagem aos seus parceiros, ao empresariado nacional e internacional, ao público em geral e, claro, às TV, que são uma espécie de montra para o mundo do futebol.
De edição para edição, e já lá vão 19 desde que o campeonato ganhou o nome de Moçambola, são vários os os casos de violência nos campos, protagonizados na sua maior parte por adeptos de equipas, uns mais fervorosos que os outros. Invasões à zona dos camarotes ou mesmo da imprensa, muitas vezes em situações motivadas pelo mau tempo (chuva) e noutras devido aos maus resultados, têm sido uma prática ao longo de quase duas décadas.
A proximidade das bancadas junto às quatro linhas, sem que por vezes haja, em alguns recintos, uma rede de protecção que garanta segurança aos atletas, situações de invasão de campos, onde por vezes o contingente policial é desproporcional ao exigido em jogos de maior risco de tumultos e/ou, noutros casos, a proximidade do público à zona reservada aos dirigentes, convidados dos clubes ou mesmo da área de imprensa são realidades, fazem soar os alarmes nos campos e que devem ser ultrapassadas com o trabalho mais aturado dos clubes, em coordenação com a Liga Moçambicana de Futebol (LMF), entidade gestora da competição.
No sentido de perceber que trabalho tem vindo a ser feito para que a segurança nos campos seja cada vez menos um problema, desafio contactou a LMF e os clubes.
A maioria dos clubes considera que os mecanismos condizentes à realidade do futebol estão em prática, contudo as colectividades admitem ser necessário maior esforço, da parte de todos intervenientes, para que o Moçambola seja cada vez mais uma marca credível.
