António Francisco Marques da Silva Marques é um desportista que dispensa apresentações. Foi praticante de ginástica, na Beira, futebol de salão, em Nampula, e andebol, em Maputo, mas foi no automobilismo onde se afirmou, sobretudo como dirigente. Foi presidente do Automóvel & Touring Clube de Moçambique (ATCM) durante cerca de 30 anos.

O maior legado foi o investimento feito na pista do ATCM, de 19 milhões de dólares, que resultaram na construção de um hotel, bombas de combustível e do Baía Mall, tudo no espaço da pista, na Marginal de Maputo. O investimento rende, por enquanto, cerca de 3 milhões e quinhentos mil meticais ao ATCM.
Feitas as contas, investimento igual nunca antes havia sido feito por um clube desportivo, o que faz de António Marques um visionário que merecia um busto na pista do ATCM, tendo em conta que fez isso a contar nos ganhos futuros. Todas as infra-estruturas erguidas reverterão a favor do clube, numa altura em que estarão avaliadas em 100 mil dólares.
DO FERROVIÁRIO COM… ORGULHO
Nasceu na ex-Lourenço Marques (Maputo), aos 17 de Maio de 1949. É filho de Artur Marques, ex-inspector chefe do Cais dos Caminhos de Ferro de Moçambique, e de Maria António Marques. “Só tenho uma irmã, Maria Luísa Marques”.
Começou muito cedo a ser um andarilho, acompanhando as movimentações que a profissão do pai impunha. “Abandonei Maputo pela primeira vez para Guijá. O meu pai foi chefe da estação, e comecei a estudar lá. Fui colega de carteira de Albano Silva, na 1.a classe”.