Ácia Amade começou a praticar artes marciais com nove anos de idade, nos Jogos Escolares. Tinha na sua própria mãe a professora de educação física, o que influenciou a atleta a ser consistente, e, mais tarde, a optar pela prática desportiva com maior fulgor.
Escolheu as artes marciais e rapidamente apresentou-se na arena internacional.
No mês de Junho que se aproxima voltará a combater e almeja um dos lugares do pódio nos “mundiais” da Finlândia.
“Os meus pais queriam ocupar-me durante as férias, tanto que me levaram para treinar Karate. Na altura, praticamente não se falava em artes marciais. O futebol reinava nas conversas e nas e brincadeiras dos miúdos. De seguida conheci o sensei Carlos Dias, convidou-me a ir treinar no seu clube, aceitei e não foi de imediato que me apaixonei pelo desporto”.
Com o tempo, a campeã inseriu-se no espírito de competições e perdeu provas. Por algum momento pensou em abandonar.
Todavia, o treinador Cralos Dias não desistiu dela, continuou a trabalhar e gradualmente foi aprendendo as técnicas nas provas de kata e kumite.
PRIMEIRA MEDALHA NA ALEMANHA
Depois de altos e baixos, chegou a vez de participar em provas internacionais. Na Alemanha, Ácia subiu ao ringue para representar o país e com confiança de que estava prestes a escrever a sua história.
“No meio dos melhores do mundo, eu era a única atleta negra, fiquei mais motivada. Fiz as minhas demonstrações firme, coloquei em prática todo o conhecimento adquirido ao longo dos treinos. Quem pratica karate deve ser inteligente, no sentido de fazer uma leitura rápida. Foi assim que conquistei a minha primeira medalha de Ouro em 2000, na Alemanha”.