Nas últimas semanas tem sido intenso o debate sobre uma eventual candidatura da campeã olímpica dos 800 metros, Lurdes Mutola, para a presidência da Federação Moçambicana de Atletismo (FMA). Sempre que é questionada publicamente se vai ou não concorrer às eleições na FMA, a “rainha das duas voltas” tem respondido que que tal passa por ter apoio porque quer liderar um projecto congregador para projectar a modalidade a outros patamares.
A antiga corredora não especifica que tipo de apoio precisa ter, mas é evidente que Lurdes Mutola não quer se submeter a um processo eleitoral que, revisitada a história dos últimos 10 anos em todas as eleições, quer para associações provinciais assim como federações de todas as modalidades, tem sido marcado por actos de corrupção em que o voto é comprado a peso de milhares de meticais, vantagens materiais e outras promessas, sem o mínimo de consideração pela profundidade da agenda desportiva que os candidatos se propõem a seguir em caso de vitória.
Avisada sobre essa realidade, ainda que o mais humilde cidadão moçambica não acredite que Lurdes Mutola seria a pessoa ideal para dirigir a FMA nos próximos anos e que o seu prestígio a nível interno e internacional seria uma tremenda mais- -valia para facilmente buscar os apoios multifacetados que a modalidade precisa, a campeã olímpica insiste em dizer que sem apoio não se vai candidatar.
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