Uma forte e constante pressão sobre o Ferroviário de Nampula foi bastante para a Liga Desportiva golear, no seu reduto, os “locomotivas”, que só despertaram no decurso da segunda parte, evitando desse modo que o seu oponente dilatasse o resultado.
A Liga fez dois golos num intervalo de 30 minutos e teria feito mais ainda na etapa inicial se tivesse aproveitado alguns lances de golo certo, perante as fragilidades denotadas no sector defensivo do Ferroviário, que foi incapaz de conter a intensidade do jogo adversário.
A Liga ganhou muito cedo a batalha no meio-campo e estabeleceu-se logo à partida no último terço do adversário, obrigando-o a cometer erros, alguns dos quais foram bem aproveitados e transformados em golo. A primeira oportunidade surgiu aos seis minutos, quando Michel introduziu, da direita do ataque, o esférico na área para a posição de Estêvão, que acusou problemas técnicos na tentativa de “bater” o guarda-redes Xavito. Era o prenúncio de um mal-estar na defensiva “locomotiva”, que duraria quase toda primeira parte. Explorando toda largura do terreno e alternando as suas jogadas entre penetrações pelo corredor central e flanqueamentos, a Liga não permitiu que o Ferroviário pensasse o seu jogo. Ficou preso no seu último reduto, acusando muitas dificuldades de elaborar jogadas que lhe permitissem aliviar a cada vez maior pressão da Liga. Foi neste contexto que surgiu o primeiro golo dos anfitriões. Há um desarme junto à linha de fundo, pela esquerda, e um centro tenso para o peito de Kabine, que arrefeceu o esférico e atirou a contar, à passagem do minuto nove. Este lance foi o corolário de uma tremenda insegurança na defensiva do Ferroviário e uma fraca abordagem do jogo.
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