Quem foi ao Estádio da Machava para assistir ao Ferroviário de Maputo- -ENH terá certamente saído daquele recinto desanimado. As duas equipas devem mesmo um pedido de desculpas aos adeptos pelo mau espectáculo de futebol que proporcionaram. Foi pobre a todos os níveis.
Foi jogado a um ritmo lento e demasiado a meio campo. A juntar a este aspecto, o nível de passes falhados foi enorme e o resultado só podia mesmo ser um empate a zero. O desfecho penalizou os dois conjuntos, pela tamanha falta de criatividade, embora se tivesse que haver um vencedor teria que ser a equipa locomotiva, pois foi a única que procurou o golo. Kamo-Kamo foi a unidade mais móvel e com os seus dribles curtos fez por duas vezes as delícias do público, que sem muitos motivos para aplaudir, lá se ia animando com a magia originada pelo pé esquerdo do internacional moçambicano. Na primeira parte, aos 32 e 38 minutos, o n° 33 deu um abanão no jogo monótono com duas belas incursões. Na primeira fez o nó ao defesa Betão, ao tocar por entre as pernas deste, pena que o centro para Diogo não tivesse saído na medida certa. Depois, numa jogada pelo flanco esquerdo fez a diagonal até desferir um remate que levava fogo, no entanto a bola saiu por cima do travessão. Estes foram os lances que deram para acordar o público, que tinha motivos para dormir.
Por: IVO TAVARES
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