Fernando Miguel diz não ter dúvidas que deixa a Federação Moçambicana de Natação (FMN) melhor estruturada e com melhores condições de trabalho do que há cerca de cinco anos quando entrou e não encontrou sequer documentos normativos (regulamento e estatutos).
Para este, até já há sinais de evolução dos nadadores, sendo prova disso o facto de Igor Mogne ter alcançado mínimos olímpicos, ainda que fora do período normal de obtenção e Érico Cuna para os Jogos Olímpicos da Juventude. – Como foram os quatro anos de mandato que agora termina? – “Foram trabalhos intensos, porque quando chegámos não tínhamos sequer instrumentos normativos, nomeadamente estatutos e regulamentos. Tínhamos desafios em termos de financiamento das actividades porque depois da nossa entrada o país entrou numa crise que dificultou- -nos bastante. Fomos remando contra as vicissitudes da crise e conseguimos durante o mandato realizar sete ‘Nacionais’, entre os de Verão e de Inverno, falhando dois. Participámos em todos eventos regionais, africanos e mundiais, incluindo Jogos Olímpicos”. – Uma das marcas do mandato é mesmo o aumento de associações? – “Claro. Quando entrámos tínhamos apenas duas associações e fizemos um trabalho que culminou com a participação de Nampula nos primeiros três ‘Nacionais’, mas depois houve um revés. Tivemos, depois, Tete, Manica e agora Inhambane e no último ano a província de Maputo. Há um trabalho por finalizar para a constituição da Associação da Zambézia. Essa prática pelo país vai permitir, inclusive, a movimentação doutras disciplinas de natação, como águas abertas, que é o que Inhambane está a fazer. No pólo aquático fez-se esforço para o restabelecimento e em Maputo o movimento retomou. Continua a se trabalhar para se ter essa movimentação pelo país. Infelizmente no último ano do mandato tivemos um revés, que foi o ciclone Idai, que destruiu piscinas em Sofala. Mas é com muito agrado que se testemunha acções de recuperação e tivemos, inclusive, uma promessa da FINA para comparticipar nestas acções. Estamos à espera”.