Este era o ano da consolidação das pretensões do Ferroviário de Nampula. Depois do falhanço com Arnaldo Salvado em dois anos consecutivos da conquista do título, os “locomotivas” apostaram no jovem treinador Antero Cambaco, com a mesma crença e objectivos.
Voltaram a falhá-lo no primeiro ano, provavelmente pelas políticas anteriormente instaladas. A equipa tinha um núcleo de jogadores experientes, alguns dos quais que não davam muitas garantias pelo avanço das idades, mas libertá-los da equipa impunha um “saco azul” para as indeminizações, pois estes ainda estavam comprometidos com o clube. Provavelmente, mesmo apercebendo-se que as unidades a seu dispor não iriam inserir-se nas suas ideias de jogo, Cambaco submeteu-se a essa herança pesada. Entrou para uma época em que devia lutar pelo título, se calhar mais pelo investimento feito do que pela qualidade do plantel, e terminou em quarto lugar em 2018. Este ano ainda tinha possibilidades de construir um plantel à sua imagem. Mas não lhe bastava a vontade. Percebeu-se que houve imposições e caiu no mesmo erro. Ao invés de renovar o plantel com jogadores mais jovens e dinâmicos trouxe mais jogadores experientes, mas que não podiam responder com precisão ao que pretendia para a equipa que voltava a assumir-se como candidata ao título. – “Contávamos com Luckman e John Banda para a presente temporada, mas estes optaram por seguir para outros clubes. Desta forma, para colmatar essas perdas recebemos o Hélder Pelembe e o Jumisse. Também optei em Lanito e Mayunda para algumas posições em que estávamos em défice e com eles fizemos uma excelente pré- -época. Mas as decisões sobre a data do arranque do Moçambo la poderão ter influenciado no rendimento que viemos a ter no início da prova”, disse Cambaco, que passou a ter uma equipa com a uma média de idades de 31 anos.