Ramira Langa recebe-nos numa das suas residências, algures em Marracuene. Ocupa uma poltrona ao lado do filho, o Duvel. Nós ocupámos as outras da sala de estar, decorada com inspiração afro. Os olhos de Ramira parecem querer sair da órbita quando nos fita. Estava à espera que dessemos o mote. Demos! Recosta-se. Depois começa por se apresentar como Ramira de Jesus Langa, filha de quem ela diz ser mais conhecido por Burro Esperto, nome que o seu pai, Silvano Langa, atribuiu-se a si próprio. Ela ri-se ao revelar isso. Depois completa: e de Ana Manhiça!
Ramira teve uma carreira vivida com muita paixão, devoção e intensidade. Iniciou-se no atletismo e migrou para o andebol. Ganhou quase tudo pelo Matchedje e Maxaquene. Depois ficou mais avançada que a modalidade. Começou a querer mais do que o andebol podia-lhe dar: competitividade e motivação. Fartou-se de esperar em vão e abraçou o basquetebol, no Maxaquene. Aqui também ganhou tudo e mais alguma coisa. Sagrou-se duplamente campeã africana, pelo seu clube e por Moçambique, em 1991.
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