Quem olha para a história de Auxílio Cumbe e conhece a de Beto Carrero (o Domador de Sonhos!) vai encontrar, por certo, algumas semelhanças, a partir do facto de ambos serem de origem humilde que se tornaram famosos, algo que vem na sequência de trabalho árduo, persistente, focado, e sem temer desafios.
Auxílio fez algum nome e fama no futebol, mas consolidou-os depois da carreira, numa epopeia que começa de Maputo, em 1972, quando é seleccionado no Torneio de Caniço, no 1º de Maio, passando depois pela Académica, Desportivo, Texlom e mais tarde Ferroviário da Beira, Têxtil do Púnguè e Desportivo da Beira. Seguiu-se o salto para a ex-Suazilândia (eSwatini), onde jogou no Eleven Men In Flight, já no fim da carreira, antes de abraçar o empreendedorismo que o sustenta até hoje.
Depois do futebol Auxílio não sabe o que é ter um patrão. É, digamos, patrão de si próprio e ajuda muita gente a ganhar o seu pão a partir dos seus negócios, iniciados de forma humilde. Hoje são poucas as pessoas que não vão à esquina do Auxílio, no Benfica, para se deliciarem com carne assada à lenha, com bónus de às sextas e sábados se deleitarem com música ao vivo, numa parceria com o seu amigo e músico Tinito.