Reginaldo Faite, que joga no Dínamo de Tirana da Albânia, e Zainadine Jr., que actua no Marítimo (Portugal) são cartas fora de baralho para os dois jogos que os “Mambas” terão aqui em Nouakchott contra o Níger (hoje à noite) e diante da Mauritânia (sábado) devido à uma série de irregularidades na sua documentação.
Reginaldo não tem cartões de vacinação contra a Covid-19 e febre amarela, condição indispensável para se entrar na Mauritânia, tendo lhe sido recusado o visto no aeroporto da capital da Mauritânia.
Ademais, Reginaldo tem visto de residência expirado na Albânia, pelo que nem sequer pode voltar imediatamente a Tirana. Contudo, mesmo com esta situação e depois de advertido pela Federação Moçambicana de Futebol (FMF) que sem cartões de vacina de Covid-19 e de febre amarela não entraria na Mauritânia, este fez finca-pé e avançou para a aventura que se revelou inglória. Em Nouakchott, num aeroporto repleto de militares do que de profissionais de migração ou da Polícia, Reginaldo foi mandado regressar imediatamente do mesmo voo que o levara a este país do Magrebe e foi levado para o avião de forma pouco decente por uma forte escolta de soldados armados.
Reginaldo deve regressar a Maputo para iniciar as “demarches” burocráticas para obter aquele documento indispensável para entrar naquele país da Península Balcânica. De Nouakchott, foi deportado para Paris (França) onde a FMF garantiu-lhe a hospedagem enquanto aguarda pelo voo com destino a Maputo.
Já Zainadine foi vedaddo a sua entrada na Mauritânia porque o seu passaporte tem validade até Agosto, ou seja, por mais cinco meses, quando para se entrar na Mauritânia precisa-se de documento com um mínimo de 180 dias de validade (seis meses). Também foi barrado no aeroporto de Nouakchott, onde está retido desde as 02:00 horas de madrugada de ontem, terça-feira, até que apareça um voo que possa tirar da Mauritânia, em princípio, e conforme manisfestou desejo aos responsáveis da Federação Moçambicana de Futebol (FMF), para Maputo com vista a regularizar a sua documentação, sobretudo o passaporte. A FMF, através dos seus dois vice-presidentes presentes na Mauritânia, Paíto e Jorge Bambo, com apoio do “Team Manager” , Énio Saize, tudo fizeram para o desbloqueio da situação, debalde. A partir de Maputo, o presidente da FMF, Feizal Sidat, e o secretário-geral, Hilário Madeira, também fizeram de tudo, contactando a federação congénere e a Embaixada de Moçambique em Portugal, mas sem sucesso. A Federação Mauritana diz que o desbloqueio daquele tipo de situação só é possível com um documento assinado pelos ministros do Interior e da Defesa, figuras muito difíceis de “tocar” num país cujo regime é militar.
Esta dupla junta-se a Witi no lote dos “estrangeiros” fora dos desafios de Nouakchott.
A retenção prolongada de Zainadine deve-se à escassez de voos para a sua procedência no aeroporto de Nouakchott, muito pouco movimentado em termos do tráfego aéreo.
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