Tembe – o Carlos Xavier – é um avançado que fez grande parte da carreira no Ferroviário de Maputo. Entrou no clube em 1982, incentivado pelo ex-“keeper” Napoleão, então técnico das camadas de formação dos “locomotivas”, juntamente com outro ex-guarda-redes, o bom do Rafael.
Com o seu talento, espalhou charme no clube. Assistia e marcava, porque tinha faro de golo. Marcou tentos de antologia. De cabeça ou com os pés. Os seus pontapés-bicicleta continuam grudados na retina de muitos adeptos. Não é por acaso que acabou herdando a camisola 10 do “brasileiro” Ramos, um dos seus ídolos.
Com a camisola 10 nas costas, Tembe não decepcionou, numa altura em que andava pelo clube uma geração que deixou história. Estamos a falar de Nelito, Domingos, Fumo I, Lázaro, Zabo, Pinto Barros, Danito I, Nelinho, Armandinho, Tonecas, Fumo II, entre outros.
Desentendeu-se com o técnico Arnaldo Salvado e abandonou o clube. Fez uma época e meia no Ferroviário da Beira e mais tarde abraçou o Matchedje, antes de assinalar o seu fim no Desportivo de Maputo, em 1999. Já longe dos campos, Tembe – pai de cinco filhos – cambiou-se em homem de negócios. Mas o sonho de ser treinador não morreu. Hibernou, só.
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