É preciso contar quatrocentos e oitenta e oito dias, ou seja, recuarmos para 10 de Abril de 2018 – jogava-se a segunda jornada da edição daquele ano do Moçambola, em pleno Estádio Nacional do Zimpeto – para encontrar um resultado similar de 3-1, que se verificou sábado último (10 de Agosto) entre os dois rivais da capital no vale do Infulene e favorável à família locomotiva, em dia de festejos em dose dupla (no fim explicamos os porquês). Naquela data de Abril o Maxaquene batera o Ferroviário com os mesmos números. Aliás, haveria nova vitória tricolor na segunda volta desta prova, na Machava, agora com diferencial de um golo, num resultado que terminou em 2-3. E como se não bastasse, Maxaquene tirava de forma precoce, no mítico Infulene, o Ferroviário da Taça de Moçambique (fase da cidade) com o mesmo resultado de 1-3.
Estes resultados negativos continuavam cravados na memória dos “locomotivas”, que mesmo reconhecendo a crise profunda e sem precedentes (procuram tapar o sol pela peneira mas está bem patente a crise que até o cego vê, com muito respeito a estes) a que está mergulhado o Maxaquene, temiam por um resultado negativo no sábado último. Ora, como alguns adeptos tricolores reconhecendo as suas limitações, iam sussurrando nas bancadas rijas da Machava com frases como “mesmo com a equipa sem muitas soluções nós vamos bater o Ferroviário”. A história não se repetiu!