Na década de ‘80 Arão Chilaúle surgiu nas escolas de jogadores do Desportivo da capital do país. A sua estatura baixa, no princípio da sua inclusão no grupo, não chamava muita atenção, mas o técnico Gentil Escrivão não o perdeu de vista, dado que sempre que desse um toque na bola demonstrava que tinha talento. Podia ter feito uma carreira bem melhor, mas as lesões puxaram- -no para fora dos campos. Um tempo depois, já em outras funções para o seu sustento, Arão foi integrar uma empresa cervejeira bem cotada no país, onde sempre destaca- -se pelo seu empenho, tanto como era no futebol.
AMIGO DE TICO-TICO DESDE MENINOS
Arão recorda-se dos tempos de menino, quando foi parar ao Desportivo. Conheceu Tico-Tico e tornaram-se grandes amigos até aos dias que correm. Havia uma grande cumplicidade entre eles. O ex-médio contou que “a nossa relação era tão grande que tornou os nossos pais também próximos. Treinávamos juntos e também caminhávamos lado a lado para a escola. Houve um período em que ele teve de deixar o Desportivo por influência de uns meninos da zona onde ele residia (Malhangalene), mas depois regressou e a nossa amizade prosseguiu”.